O Bypass Gástrico é uma das técnicas da cirurgia bariátrica mais eficazes para o tratamento da obesidade, sendo reconhecido por sua capacidade de promover perda de peso significativa e duradoura.
Esta técnica cirúrgica envolve a criação de um pequeno estômago (com capacidade de 15-30 ml) que é diretamente conectado ao intestino delgado, desviando grande parte do estômago e do intestino inicial. Essa modificação não só reduz a quantidade de alimento que pode ser ingerido, como também diminui a absorção de nutrientes, contribuindo para a perda de peso substancial. Além disso, o principal fator relacionado à perda de peso é a mudança na produção de hormônios entéricos que influenciam no cérebro o balanço entre apetite e saciedade.
O procedimento é realizado por via laparoscópica, o que minimiza as incisões e acelera a recuperação pós-operatória com menos taxas de complicação.
Além da perda de peso satisfatória, essa técnica cirúrgica melhora diversas doenças metabólicas independentemente como Diabetes Mellitus tipo 2, Hipertensão Arterial, Dislipidemia, Doença Hepática Gordurosa Metabólica, Apneia do Sono, entre outras.
Embora os resultados sejam impressionantes, o sucesso a longo prazo depende também da adesão do paciente aos quatro pilares que sustentam o pós-operatório da cirurgia bariátrica: reeducação alimentar, realização de atividade física, uso de vitaminas e acompanhamento de saúde mental.
Indicações:
O Bypass Gástrico é recomendado para:
— Pacientes com IMC ≥ 40 kg/m²
— Indivíduos com IMC entre 35 e 40 kg/m² que sofrem de comorbidades associadas à obesidade, como diabetes tipo 2, hipertensão, apneia do sono, entre outras.
— Pacientes que, apesar de IMC entre 30 e 35 kg/m², apresentam complicações metabólicas graves que podem se beneficiar da cirurgia.
Contraindicações:
Este procedimento não é indicado para pacientes que:
— Sofrem de doenças inflamatórias intestinais ativas, como a Doença de Crohn.
— Têm condições médicas que aumentam o risco cirúrgico inaceitavelmente, como insuficiência cardíaca ou pulmonar grave.
— Apresentam distúrbios psiquiátricos graves e descompensados ou uso abusivo de substâncias ilícitas ou álcool.
— Não estão dispostos ou não são capazes de aderir a um acompanhamento médico e nutricional rigoroso pós-cirúrgico de longo prazo, falta de compreensão da nova realidade no pós-operatório e falta de rede básica de proteção social.