Antes e Depois da Bariátrica — Como os Hormônios Influenciam 

Sumário

Quando falamos sobre obesidade, a imagem mais comum é a do excesso de peso visível. Mas por trás disso, há um desequilíbrio bioquímico importante: a desregulação hormonal.

O corpo da pessoa com obesidade sente de forma diferente fome, saciedade e as ações da insulina. E entender esses mecanismos é essencial para oferecer um tratamento eficaz e seguro.


Os principais hormônios que influenciam na obesidade (bariátrica)

Grelina – o hormônio da fome

A grelina é produzida no estômago e envia sinais ao cérebro estimulando o apetite.

  • Na obesidade: os níveis de grelina costumam estar elevados, aumentando a fome e dificultando a perda de peso.
  • Após a cirurgia bariátrica: principalmente na gastrectomia vertical (sleeve), os níveis de grelina diminuem, o que reduz a fome de forma significativa.

GLP-1 – o hormônio da saciedade

O GLP-1 (peptídeo semelhante ao glucagon tipo 1) é liberado no intestino após as refeições e atua em três frentes:

  • Proporciona saciedade mais duradoura
  • Reduz o apetite
  • Estimula a produção de insulina, ajudando a controlar o diabetes tipo 2

Após a cirurgia bariátrica, o GLP-1 se mantém em níveis mais altos e estáveis, o que facilita o controle alimentar e melhora o metabolismo.

Os medicamentos modernos para obesidade, como Ozempic, Wegovy e Mounjaro, são análogos do GLP-1.

Outros hormônios importantes

  • Leptina: sinaliza ao cérebro que há energia suficiente, mas na obesidade ocorre resistência à leptina, dificultando a saciedade.
  • Insulina: além de controlar a glicose, influencia no armazenamento de gordura. A obesidade geralmente vem acompanhada de resistência à insulina.

Cirurgia bariátrica: efeito metabólico e hormonal

Muitas pessoas pensam que a cirurgia bariátrica é apenas uma mudança física. Mas, na verdade, ela causa uma transformação hormonal e metabólica profunda.

Benefícios hormonais da cirurgia bariátrica

  • Redução da grelina
  • Aumento do GLP-1
  • Melhora na produção de insulina
  • Regulação do apetite e saciedade
  • Redução da resistência à leptina e à insulina

Resultado: o paciente sente menos fome, se satisfaz com menos alimento e controla melhor o açúcar no sangue, mesmo antes de perder peso significativamente.


Obesidade tem tratamento — e o primeiro passo é entender seu corpo

Se você já tentou de tudo e não conseguiu perder peso de forma duradoura, é hora de mudar o olhar. A obesidade é uma doença crônica com causas hormonais, genéticas e metabólicas. E isso não é culpa sua.

A boa notícia é que hoje temos medicamentos e cirurgias com embasamento científico que atuam diretamente nesses desequilíbrios hormonais — devolvendo ao paciente o controle sobre sua saúde.


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